A Cláudia foi minha colega no curso de fotografia do IADE que frequentámos por 3 anos. Ela é, para mim, a colega mais talentosa do curso e além de observar as suas fotos tive também o privilégio de a fotografar em vários momentos. É ela, por exemplo, que ocupa as paredes do espaço de gabinetes de Ciências da Motricidade, onde está o meu gabinete.
Neste diálogo não são definidas regras. Deixamos que o estímulo da foto do outro nos estimule a produzir a resposta (uma foto por semana) e assim sucessivamente. ( Talvez que a única regra não explícita é a de que está fora de causa fotografar caranguejos!)
Foto: Azuuul de Cláudia Teixeira
A Cláudia apresentou-me uma foto que me estimula sensações de calma. A imensidão de azuis, o céu infinito e o mar profundo. O mar, numa interpretação Freudiana, inspira o retorno à origem, o prazer do meio líquido no processo de gestação. A divisão em partes iguais dos dois elementos, o céu e o mar, contra as regras instituídas (a célebre regra dos dois terços) mostra a sua irreverência e a busca de novas linguagens.
A resposta foi produzida em Paris, naturalmente. Para já deixo apenas o nome e a imagem: chamei-lhe Gris Paris.
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